O ano de 2024 promete ser emocionante para os investidores, com uma série de oportunidades e desafios que moldarão os mercados financeiros. Nesta matéria, exploraremos as principais tendências e setores que podem impactar significativamente os investimentos ao longo do próximo ano.
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Tendências macroeconômicas
O crescimento econômico global pode ser influenciado por fatores como investimentos, comércio internacional, e políticas econômicas globais. O nível de inflação em diferentes regiões do mundo é uma variável importante a ser observada. A inflação pode ser afetada por diversos fatores, como oferta e demanda, custos de produção e políticas monetárias. Neste gancho, as políticas dos principais bancos centrais, como o Federal Reserve nos Estados Unidos, o Banco Central Europeu e o Banco do Japão, podem ter impacto significativo nas condições financeiras globais.
1.1 Perspectivas para a renda fixa
Diante da atual conjuntura, alguns especialistas explicam que será interessante investir em títulos híbridos (parte da remuneração prefixada e parte indexada à inflação). Segundo eles, isso se justifica pelo ganho potencial no prefixado em decorrência do recuo das taxas e pela proteção contra um possível impulso dos índices de preços – o que pode ocorrer se o ambiente fiscal se deteriorar ao longo dos próximos anos.
1.2 Perspectivas para a renda variável
Luis Novaes, analista de research da Terra Investimentos, observa que, diante da perspectiva de juros menores ao longo dos próximos anos, pode-se notar uma expressiva recuperação dos ativos locais, que estavam bastante descontados em relação aos múltiplos históricos.
Nesse sentido, os mais beneficiados foram os ativos cíclicos (varejo, construção, entretenimento, e assim por diante). Isso por causa da expectativa de menor pressão das despesas financeiras e pelo impulso das receitas com a recuperação da atividade.
“Ainda assim, mantemos uma visão conservadora sobre os ativos cíclicos, e damos preferência para setores com tendência positiva de resultados. Isso porque entendemos que a valorização recente pode ser creditada ao excessivo desconto dos ativos e que os resultados do setor devem seguir pressionados pelo ambiente macroeconômico”, avalia.
Dentre os setores considerados como de maior potencial, Novaes destaca as commodities – como proteínas, grãos, petróleo e mineração – além de setores industriais e consumo de alta renda, que podem se beneficiar das perspectivas econômicas mais positivas.
“Em relação a casos específicos, temos confiança em ativos como JBS (JBSS3), Localiza (RENT3), Eletrobras (ELET3), Rede D’Or (RDOR3) e Lojas Renner (LREN3). Consideramos aspectos como recuperação das margens, melhorias de eficiência operacional, expansão de negócios em meio a um cenário mais favorável ao crédito e preços descontados em relação à série histórica”, explica.
Além disso, o analista acredita que o posicionamento em BOVA11 (ETF que segue o Ibovespa) pode ser uma alternativa mais simples para o investidor, considerando a diversificação proporcionada pelo fundo e a perspectiva positiva para os ativos de risco.
Já para os Fundos Imobiliários (FIIs), a preferência é pelos fundos de tijolo, considerando sua sensibilidade aos ciclos econômicos. De acordo com Novaes, isso pode ser traduzido em retorno positivo com o ciclo de baixa dos juros.
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A Implementação do Arcabouço Fiscal
O Arcabouço Fiscal entrará em vigor na virada do ano. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, venceu a batalha preservando como meta um resultado primário zerado, mas essa guerra ainda terá novos episódios.
Enxergamos março como um mês-chave para compreender como será a dinâmica das contas públicas. A partir da divulgação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, caso verificada a frustração na arrecadação ou o aumento das despesas obrigatórias que venham a comprometer o alcance das metas fiscais, torna-se necessária a adoção do contingenciamento. Contudo, a limitação da execução de parte da programação orçamentária tem um impacto político importante, especialmente em ano de eleições municipais. A nova versão da LDO restringe o bloqueio das despesas discricionários a R$23 bi, porém mesmo assim, o Novo PAC, deve ser diretamente impactado, comprometendo o andamento das obras públicas prometidas pelo governo. Como Lula e a equipe econômica vão conciliar as demandas políticas com essa nova regra fiscal é objeto de dúvidas no mercado.
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Conclusão
Com várias cenários possíveis, continuamos cautelosamente positivos com o panorama econômico-financeiro do Brasil em 2024. Continuaremos monitorando os riscos e as oportunidades de forma ampla.
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